Verdadeiro baralho

Coisas que não sei dizer
Em vastos vigorosos ventos voam meus pensamentos
Queria eu controlá-los com um tempo
Mas até os ventos os têm como cortesia
Esses pensamentos que atormentam minh’alma
Emaranham-se como todas as estações em uma primavera

Inexistente é a explicação não errante
Pra astúcia vivente em tais adágios intrigantes
Criados nesta mente demente
Ah! Como dançam as ondas no mar
Também dançam as coisas da vida sob meu olhar
Não há diálogo para lhes contar

Que motivo teria tal insanidade para se apoderar deste doente?
Colorir o sentido dessa vida ufana?
Mas que orgulho teria se no fim não há nada?
Prevalece a mesmice inalada em nossos corações
Existir, procurar um significado!
Ainda que seja inefável

Sidney Vasconcelos

Um comentário:

  1. Nossa! Me surpreendi, você escreve muito bem!
    Gostei do blog, voltarei aqui mais vezes.. :)
    Obrigado pela dica de livro, vou ver se procuro ele por aqui. Ah! Quando você terminar o 1808 pode me dizer o que achou? Tenho curiosidade em lê-lo! ^^
    Beeeijos. ;*

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